Bolsonaro diz que grupos antifascistas são "marginais" e "terroristas"

03 de Junho 2020 - 12h27
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O presidente Jair Bolsonaro classificou de "marginais" e "terroristas", os grupos antifascismo que têm organizado manifestações pela democracia e contrárias a seu governo, acrescentando que a polícia precisa de "retaguarda legal" para agir com o crescimento "desse tipo de movimento".

Bolsonaro falou em frente ao Palácio da Alvorada a alguns jornalistas na noite de terça-feira e apoiadores que o esperavam e foi perguntado sobre o que achava das manifestações nos Estados Unidos.

"Começou aqui com os Antifas em campo, com motivo no meu entender político, diferente (dos EUA). São marginais, no meu entender, terroristas, e tem ameaçado agora domingo fazer movimentos pelo Brasil, em especial aqui no DF.

Bolsonaro repete a retórica do presidente norte-americano, Donald Trump, que foi às redes sociais acusar o Antifa --movimento antifascista que não tem nem organização, nem líderes claros, mas milhares de apoiadores e voluntários pelo mundo-- de estar por trás dos protestos contra o racismo nos Estados Unidos. Em sua conta no Twitter, retuítada por Bolsonaro, Trump disse que iria classificar o Antifas como movimento terrorista.

Em sua fala, Bolsonaro acusa o grupo de estar por trás dos protestos pró-democracia feitos por torcidas organizadas em São Paulo, no último domingo. O movimento na verdade partiu de torcidas organizadas de times de futebol da capital paulista.

Com um grupo pró-Bolsonaro também com um protesto marcado para o mesmo dia e local, a manifestação terminou em confusão e confronto com policiais militares.

Já na segunda-feira, o presidente havia dito a apoiadores que não fossem às ruas no próximo domingo. Grupos contrários ao governo têm prometido novas manifestações.

"Eu já disse que não domino, não tenho influência e nunca convoquei ninguém para ir às ruas. Eu agradeço de coração essas pessoas que estão na rua apoiando nosso governo, agora precisamos de uma retaguarda jurídica para que nosso policial possa bem trabalhar em se apresentando um crescente esse tipo de movimento que não tem nada a ver com democracia", disse.

Com informações da Reuters