Detalhes do velório de Juliana Marins no Rio são revelados; confira

02 de julho 2025 - 16h00
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O corpo de Juliana Marins, de 26 anos, será velado nesta sexta-feira (4), no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A cerimônia começa às 10h e segue até o meio-dia com acesso aberto ao público. Depois, será restrita a familiares e amigos, com encerramento previsto para as 15h. O corpo será cremado.

Juliana morreu no dia 21 de junho após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. O corpo chegou ao Brasil na última terça-feira (1º), e uma nova autópsia foi realizada na manhã de quarta-feira (2), no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio de Janeiro.

O novo exame teve início às 8h30, durou pouco mais de duas horas e foi conduzido por dois peritos da Polícia Civil, com acompanhamento de um médico da Polícia Federal e de um assistente técnico da família. O corpo foi liberado às 11h.

Segundo a Polícia Civil, um laudo preliminar será entregue em até sete dias. A reavaliação foi solicitada pela família e visa confirmar as causas da morte e investigar se houve negligência durante o resgate, ponto que tem preocupado os parentes.

A irmã de Juliana, Mariana Marins, esteve presente durante o procedimento e agradeceu o apoio recebido. “Sem toda essa ajuda e comoção, a gente não teria conseguido trazer Juliana para o Rio tão rápido, nem realizar essa autópsia. Meu pedido é: não esqueçam Juliana”, declarou.

A primeira autópsia, realizada em Bali logo após a remoção do corpo, apontou que Juliana sofreu uma queda acidental e morreu devido a múltiplas fraturas e lesões internas. O médico responsável afirmou que a morte teria ocorrido em menos de 20 minutos após o impacto, e descartou hipotermia.

No entanto, a família contesta a versão apresentada e levantou suspeitas de omissão de socorro. Imagens feitas por drones de turistas levantaram a hipótese de que Juliana teria sobrevivido por mais tempo após a queda. A Defensoria Pública da União, que representa a família, indicou que o atestado de óbito emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta apresentava inconsistências.

A depender dos resultados da nova análise, autoridades brasileiras poderão abrir investigação para apurar eventuais responsabilidades civis ou criminais no caso.

Mariana reforçou a importância da chegada do corpo para que a família pudesse se despedir com dignidade. “Quando a pessoa fica desaparecida é muito ruim. Fica uma expectativa constante. Então, é bom saber que Juliana está aqui, para que a gente consiga dar esse adeus digno a ela”, disse.