Dia do Idoso: contadora de 66 anos conta como começou a treinar aos 53

02 de Outubro 2021 - 03h01
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A expressão "nunca é tarde para começar" pode parecer clichê, mas faz todo o sentido para a contadora Raimunda Pimenta, 66 anos. Disciplinada e assídua nos treinos hoje, só começou a fazer exercícios físicos aos 53.

 

Na semana em que se celebra o Dia Mundial do Idoso, 1º de outubro, Raimunda inspira por sua garra e superação. Diagnosticada com artrose ainda jovem, ouvia dos médicos que sua rotina de atividades físicas deveria ser restrita para não prejudicar as articulações. 

 

"Passei anos sem fazer nada porque tinha medo", diz. "O que me levou a começar foi o incômodo que senti ao perceber a flacidez no músculo do 'tchau'", lembra a contadora, que é membro da academia Pulse há três anos. "Hoje, na minha vida, o exercício é essencial".

 

Para Raimunda, treinar melhora a autoestima, performance e as articulações. "Também aprendi a correr, com o auxílio de um personal, e me apaixonei", conta. "Me ajudou, inclusive, em um processo depressivo pelo qual passei".

 

O professor da Pulse Sanderson Silva explica que o envelhecimento é uma função genética, mas também influenciada pelos padrões de atividade física. "O problema mais grave ao envelhecer, além das patologias, são as síndromes de desuso que podem afetar muitos sistemas fisiológicos, a forma e a função do corpo humano". 

 

De acordo com o profissional de Educação Física, exercícios prescritos de forma apropriada podem melhorar os sistemas muscular, ósseo, imunológico, endócrino e cardiovascular, auxiliando no aumento da longevidade e melhora das capacidades funcionais e condicionamento cardiorrespiratório.

 

Além disso, a sarcopenia, diminuição da massa muscular, aumenta o risco de doenças e morte. "A musculação, por exemplo, reduz a velocidade deste processo e dá força, que é considerada um fator de mortalidade independentemente de qualquer outro fator de risco.

 

Raimunda é uma prova de que o ambiente da academia não é somente para jovens. "É um espaço para os idosos se desafiarem, melhorarem sua saúde, socializarem e interagirem com outras pessoas", destaca Sanderson. "Cabe a nós, profissionais, cuidar, orientar e planejar todo o treinamento para que obtenham êxito nos seus objetivos e tenham mais longevidade".