Em Israel, Netanyahu e seu rival chegam a acordo e farão governo de 'unidade'

20 de Abril 2020 - 11h30
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu principal rival, Benny Gantz, anunciaram que formaram uma aliança para um governo de emergência nesta segunda-feita (20).

Assim, os dois põem um fim a meses de paralisia governamental. Com esse acordo, evita-se a quarta eleição consecutiva em um ano.

Os termos desse acordo não foram anunciados imediatamente. Mas os jornais israelenses afirmam que haverá um período de três anos em que Netanyahu será primeiro-ministro, seguidos de outros três em que Gantz terá o cargo.

Depois da última votação, no dia 2 de março, houve um impasse –nenhum grupo politico tinha maioria para formar uma maioria no Congresso e formar um governo. Netanyahu e Gantz concordaram, no fim do mês, em formar um governo de unidade por causa da crise causada pela pandemia de Covid-19.

Os problemas legais de Netanyahu, que responde por corrupção na Justiça, foram entraves para as negociações.

Embora Netanyahu não tenha conseguido, nas últimas eleições, uma maioria, o acordo de coalizão devolve ao líder o cargo de primeiro-ministro.

Durante três campanhas no ano passado, Gantz e seu partido Azul e Branco afirmaram nunca que não serviriam em um governo de Netanyahu.

As negociações entre os dois líderes giraram em torno do julgamento de Netanyahu, que deve começar no próximo mês. Os principais pontos de discórdia incluíam uma exigência do primeiro-ministro de ter mais voz sobre as nomeações judiciais, o que poderia influenciar o caso dele caso esse chegue ao Supremo Tribunal.

Com informações do G1