
Principal bandeira da Era PT, o programa Bolsa Família voltará reformulado como uma das primeiras ações de um eventual 3º governo Lula. Estudos em curso na Fundação Perseu Abramo preveem a substituição do principal projeto social de Bolsonaro, o Auxílio Brasil, por um Bolsa Família ampliado, incorporando as 1 milhão de famílias que estão na fila de inscrição e a volta de valores adicionais por tamanho de família e grau de miséria. O Auxílio Brasil atende 18 milhões de famílias com um benefício mensal uniforme de R$ 400.
“O programa do governo Bolsonaro é mal desenhado e mal-executado. Uma família em condições de miséria com 5 filhos recebe o mesmo que um casal com um filho em situação melhor”, compara a economista e ex-ministra Tereza Campello, uma das coordenadoras do programa social do PT. Ressaltando não falar em nome de Lula, Campello afirma que o combate à fome e extrema miséria devem ser prioridades do próximo governo.
A campanha de Lula deve anunciar nas próximas semanas a volta do Bolsa Família como uma das bandeiras da campanha eleitoral. Os principais pontos em debate, e que ainda precisam de um aval final de Lula, são:
- ações que apoiem mulheres negras chefes de família;
- a volta das condicionantes para recebimento de benefícios; - reajustes anuais do benefício previsto em lei.
“O 1º passo é reconstruir o cadastro único, incluindo mais famílias entre os beneficiários. O governo Bolsonaro acabou com o cadastro único, que era a chave para saber quais as necessidades de cada família beneficiada. Eles substituíram o cadastro por um aplicativo quando lançaram o Auxílio Emergencial (em 2020, na pandemia), mas quando extinguiram o programa no ano passado não haviam coletado informação dos inscritos”, diz Campello.
Com informações do Poder 360