PF cumpre mandados no RN em operação ligada a ex-deputado federal

19 de Novembro 2020 - 07h26
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A Polícia Federal encontrou grande quantia de dinheiro vivo em uma caixa dentro de uma empresa alvo de uma operação que investiga suspeita de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro, entre outros crimes no Ceará. No total estão sendo cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em Fortaleza (CE), Russas (CE), Caucaia (CE), Mossoró (RN) e também na cidade do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal.

Investigações

Segundo a PF, as investigações apuram fraudes em licitações e na contratação de serviços de locação de veículos e motocicletas, com desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. O grupo criminoso é liderado por um ex- deputado federal e estadual pelo estado do Ceará no período da investigação. O político não teve a identidade revelada.  “Há fortes evidências de lavagem de dinheiro ilícito por meio da aquisição clandestina de corretoras valores e de sociedades em conta de participação do ramo de energia eólica, com a ajuda estratégica de operadores do mercado financeiro”, acrescentou a PF.

A primeira fase da Operação Km Livre foi deflagrada em 2016, quando foram apreendidos mais de R$ 5,9 milhões em dinheiro na sede de uma das empresas investigadas, no Bairro de Fátima. Hoje, os policiais flagraram e apreenderam grande quantidade de dinheiro em espécie, com suspeita de lavagem de dinheiro, ocultado na sede de uma das empresas investigadas na capital cearense.

A investigação policial identificou, a partir desses valores, documentos e dados apreendidos na primeira fase, a atuação da organização criminosa na criação de empresas com participação de laranjas, reais gestores das empresas investigadas. O dinheiro era lavado por meio de aquisição de imóveis, empresas e transações no mercado financeiro.

A organização criminosa atua há cerca de 20 anos e, desde então, tem obtido consecutivos e progressivos êxitos nas empreitadas criminosas, gerando lucros ilícitos. A Polícia Federal continua a investigação, com análise do material apreendido.

Com informações da Agência Brasil e G1