
Em recuperação judicial devido a dívidas na casa dos R$ 53,5 milhões, o grupo que detém a marca de roupas M.Officer foi criado pelo estilista Carlos Miele nos anos 1980, em São Paulo, e já vestiu estrelas como Beyoncé e Bruna Marquezine.
Com presença constante em semanas de moda internacional, a empresa entrou em crise financeira devido à queda de 91% nas vendas durante a pandemia da covid-19, segundo representantes da companhia.
Hoje, a M.Officer diz ter 12 lojas físicas, que geram cerca de 130 empregos diretos. Toda a produção é nacional.
Veja curiosidades sobre a marca:
A M.Officer surgiu em 1986 como um trabalho de graduação de Carlos Miele, que estudou administração na Fundação Getúlio Vargas. No início, as roupas eram voltadas apenas para o público masculino, mas o interesse das mulheres incentivou Miele a pensar em peças unissex; as peças femininas se tornariam o carro-chefe da grife.
Carlos dividia a empresa de roupas com dois irmãos, mas eles deixaram a sociedade no final de 1997.
Na época, o designer se afastou da administração da marca, afirmando que queria trabalhar com criação: "Não sou bom para administrar", disse na ocasião.
Com a profissionalização, a grife vestiu estrelas como Beyoncé e Gisele Bündchen e virou figurino de séries internacionais, como Gossip Girl - conhecida pelas personagens fashionistas.
Mas a história também é marcada por polêmicas: em 2016, a empresa M5 Indústria e Comércio, dona das marcas M. Officer e Carlos Miele, foi condenada a pagar multa de R$ 6 milhões depois que trabalhadores em condição análoga à escravidão foram encontrados em uma confecção parceira das grifes.
A M.Officer rebateu a condenação, afirmando que não era cliente exclusiva da confecção e que repassava um valor "acima do mercado" para que algumas de suas peças fossem produzidas no local alvo da fiscalização; apesar da apelação, a condenação foi mantida.
Bruna Marquezine, Juliette e Jade Picon; confira algumas das famosas que vestiram M.Officer nos últimos anos.
Com informações de UOL