
Após registrar um prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, os Correios anunciaram uma série de medidas emergenciais para conter gastos e tentar reverter a crise financeira. O déficit é quatro vezes maior que o do ano anterior e o maior desde 2016.
As ações incluem:
Prorrogação do PDV (Programa de Desligamento Voluntário) até 18 de maio de 2025.
Incentivo à transferência temporária de carteiros e atendentes para centros de tratamento, com adicional de atividade.
Suspensão das férias a partir de 1º de junho de 2025, com retorno previsto só para janeiro de 2026.
Corte de 20% no orçamento de funções da sede dos Correios.
Fim do trabalho remoto, com retorno presencial a partir de 23 de junho de 2025.
Reformulação dos planos de saúde, com economia estimada de 30%.
Segundo a direção, apenas 15% das 10,6 mil unidades dos Correios tiveram superávit em 2024. Mesmo assim, a estatal afirma manter o acesso universal aos serviços postais em todos os 5.567 municípios brasileiros.
Apesar da crise, os Correios destacaram investimentos de R$ 830 milhões em 2024, totalizando R$ 1,6 bilhão desde o início da atual gestão, com foco em frota e infraestrutura.