Câncer de cólon é o segundo que mais mata no mundo; veja sintomas

01 de Janeiro 2023 - 12h35
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O câncer colorretal (ou de intestino grosso/cólon e do reto), que foi o que afetou Pelé, resulta em 900 mil mortes anuais no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão.

No Brasil, a doença é o segundo câncer mais comum em homens e mulheres, com 45.630 novos casos anuais.

O câncer colorretal (intestino grosso e reto) é o segundo tumor maligno, excluindo o câncer de pele não melanoma, mais comum em homens e mulheres, atrás apenas, respectivamente, de câncer de próstata e mama.

São esperados para cada ano do triênio (2023-2025) um total de 45.630 novos casos anuais de câncer colorretal no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). São 23.660 em mulheres e 21.970 em homens.

No mundo, o câncer colorretal representa 10% de todos os tipos de câncer, com 1,9 milhão de novos casos anuais e 935 mil mortes, segundo o levantamento Globocan, da OMS (Organização Mundial da Saúde).

O cirurgião oncológico e presidente da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica), Héber Salvador, explica que o câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma e a descoberta, muitas vezes, se dá por exame de rastreamento.

É fundamental a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos em pessoas sem sintomas —ou 40 anos, caso haja histórico de câncer na família. Este exame pode evitar a doença, pois, por meio dele, é possível retirar pólipos, que são lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer.none Héber Salvador, cirurgião oncológico e presidente da SBCO

Quando descoberto em fase inicial, ainda restrito ao local de origem, o câncer colorretal tem taxa de cura acima de 90%. Quando se espalhou para os linfonodos, a taxa cai para 70%. Em caso de metástase, as chances de cura não chegam a 20%.

Colonoscopia pode evitar doença?

O câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma.
Quando o paciente apresenta sintomas, já pode ser sinal de uma doença mais avançada.
Por conta disso, é fundamental a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos em pessoas --ou 40 anos, caso haja histórico de câncer na família.
Este exame pode evitar a doença, pois, por meio dele, é possível retirar pólipos, que são lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer.

Quais as causas?

Ainda que possa se desenvolver em jovens, o câncer colorretal é mais comum a partir dos 50 anos. Por isso, a idade é tida como um dos pontos de atenção ao surgimento da doença. Mas não é só. Os principais fatores de risco para o câncer colorretal são:

Hábitos alimentares não saudáveis --dieta pobre em fibras, com consumo excessivo de alimentos processados e carne vermelha obesidade;
Sedentarismo;
Tabagismo e alto consumo de bebidas alcoólicas;
Histórico familiar de câncer colorretal, de ovário, útero e/ou câncer de mama;
Preexistência de doenças como retocolite ulcerativa crônica, doença de Crohn e doenças hereditárias do intestino.

Quais sintomas?

O câncer colorretal, em seu estágio inicial, raramente apresenta sintomas específicos. Ainda assim, podem aparecer alguns sinais que indicam alterações e merecem atenção:

Presença de sangue nas fezes;
Alternância entre diarreia e prisão de ventre;
Alteração na forma das fezes (muito finas e compridas);
Perda de peso sem causa aparente;
Sensação de fraqueza e/ou diagnóstico de anemia;
Dor ou desconforto abdominal, e
Presença de massa abdominal (que pode ser indicativa de tumor).
Se apresentar algum desses sinais de forma frequente, é importante passar pela avaliação de um médico especializado. Além do câncer, estas ocorrências podem indicar a presença de outras doenças que também precisam de tratamento.

Com informações do UOL